Práticas Pedagógicas
Ao iniciar o projeto que
visa despertar a leitura e a socialização entre os educandos, iniciei com o
texto” O Dia em que o monstro foi à escola.” Essa atividade partia da
necessidade de rever algumas regras de
convivência, devido a praticas de bullyng,
desmotivação e desrespeito entre eles.
Para aprender a ler é preciso interagir com a diversidade de
textos escritos e participar de atos de leitura de fato. A leitura como prática
social é sempre um meio e nunca um fim. Ler é uma necessidade pessoal. Uma
prática de leitura que não desperte o desejo de ler não é uma prática
pedagógica eficiente e despertar a curiosidade de leitores requer condições
favoráveis para a prática de leitura e escrita (FREITAS, 2012, p. 239).
Trabalhar essa história O Dia em que o Monstro Veio a Escola
, foi muito produtivo, pois abriu margem para discussões sobre os tipos de
comportamentos que existem e como as pessoas reagem, quando se deparam com
essas situações. As crianças conseguiram se colocar no lugar do monstrinho,
pensar nas emoções negativas e de rejeição que ele sofreu por ter mal
comportamento. E também puderam perceber que todos merecem uma segunda chance e
de que podem mudar.
Houve bastante discussão, onde opinaram para soluções na
sala de aula, neste momento fizemos um documento com as coisas permitidas e as
proibidas na escola. Esse documento foi assinado por todos os alunos e no
momento da assinatura cada um deles recebeu um monstrinho para seu lápis, com o
combinado de se comportarem bem. Eles amaram e se comprometeram nesse processo
de mudança em vários aspectos: respeito, colaboração, comprometimento com os estudos,
assiduidade, cordialidade, atenção, zelo com os materiais pessoais, coletivos e
públicos. Nos dias que seguiram percebi que eles cobravam uns dos outros as
combinações. Dando seguimento, com essa mesma história, durante a semana
fizemos uma atividade onde a criatividade foi explorada, as crianças puderam expressar sua criatividade ao
construir o seu monstrinho e produzir um texto sobre ele (o monstrinho). Parece
uma atividade simples, até mesmo boba para nós, mas para eles foi de muito
valor, meche com o imaginário, com a construção de pensamentos e hipóteses.
Eles criaram diálogos entre os seus bonecos. A oralidade foi muito explorada.
Pediram mais atividades assim.
“Criatividade é um atributo universal, característica básica
da natureza humana” (PEREIRA, 199, p. 4).
A Criatividade dentro
processo ensino-aprendizagem propicia uma porta ao novo, traz consigo
autonomia, flexibilidade, reflexão crítica, estratégias de motivação, adaptação
ao meio, construção do conhecimento socializado. Abordam temas produtivos e que
contribuem no cotidiano do aluno, criando aprendizagens significativas.
No decorrer do estágio as
histórias foram frequentes e traziam consigo passaportes para vários conteúdos
que fomos trabalhando em aula.
De acordo com o autor:
na verdade, desde as origens, a Literatura aparece ligada a essa função
essencial: atuar sobre as mentes, onde se decidem as vontades ou as ações; e
sobre os espíritos, onde se expandem as emoções, paixões, desejos, sentimentos
de toda ordem [...] No encontro com a Literatura (ou com a Arte em geral) os
homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria
experiência de vida, em um grau de intensidade não igualada por nenhuma outra
atividade (COELHO, 2000, p. 25).
Portanto a necessidade inadiável da presença da Literatura
Infantil em sala de aula. Através das leituras, propiciaremos uma janela aberta
para o campo do conhecimento e de novas descobertas, transformando a literatura
numa ferramenta para a atividade cognitiva, contribuindo nos processo
perceptivos dos pequenos leitores. A
literatura infantil como toda literatura promove uma viagem ao mundo do faz de
conta, meche com o imaginário, aguça a criatividade, raciocínio, amplia
vocabulário, apresenta universos distintos e serve de gancho para os conteúdos
escolares. Foi assim que as crianças conheceram sobre os gêneros textuais,
sobre as histórias dentro da história.
Referências
COELHO,
N.N. Literatura Infantil: teoria,
análise e didática. 7 ed. Ver.atua. São Paulo: Moderna.2000.
FREITAS, A. G. A
importância da literatura infantil no processo de alfabetização e letramento.
In: Práxis Educacional. Vitória da Conquista, v. 8, n. 13, 2012, p. 232-251.
PEREIRA, Oficina de trabalho: Educação e criatividade: João Pessoa:
UFPB, 1984.
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