A importância la literatura infantil para os estádios de desenvolvimento cognitivo
A importância la literatura infantil para os estádios de desenvolvimento
cognitivo
A criança passa por estágios psicológicos que precisam ser observados e
respeitados no momento da escola de livros para ela. Essas etapas não dependem
exclusivamente de sua idade, mas de acordo com Coelho (2002) do seu nível de
amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual e seu nível de conhecimento e
domínio do mecanismo da leitura.
Sendo assim a literatura torna-se um propulsor neste processo.
São 5 as categorias de desenvolvimento cognitivo e psicológico de acordo
com a faixa etária das crianças: o
pré-leitor, o leitor iniciante, o leitor-em-processo, o leitor fluente e o
leitor crítico:
* Pré-leitor:(dos 15/17 meses aos 3 anos)
Nesta fase, os livros
adequados, de acordo com Abramovich (1997) devem apresentar um contexto
familiar, com predomínio absoluto da imagem que deve sugerir uma situação. Não
se deve apresentar texto escrito, já que é através da nomeação das coisas que a
criança estabelecerá uma relação entre a realidade e o mundo dos livros.
* Leitor iniciante (a partir dos 6/7 anos) Essa é a fase em que a criança
começa a apropriar-se da decodificação dos símbolos gráficos, mas como ainda
encontra-se no início do processo, o papel do adulto é fundamental como “agente estimulador” .
A técnica da repetição ou reiteração de elementos são segundo Coelho
(2002, p.34) “favoráveis para manter a atenção e o interesse desse difícil
leitor a ser conquistado”.
* Leitor-em-processo (a partir dos 8/9 anos) nesta fase já
domina o mecanismo da leitura. Seu pensamento está mais desenvolvido, realizando operações mentais. Interessa-se pelo conhecimento e desafios que lhes são propostos. O individuo nesta fase
tem interesse em histórias com humor e ou situações inesperadas. A realidade e o imaginário animam o leitor. Os livros devem conter imagens e textos com frases
simples, de forma direta e objetiva.
De acordo com Coelho (2002) deve
conter início, meio e fim. O tema deve girar em torno de um conflito que
deixará o texto mais emocionante e culminar com a solução do problema.
* Leitor fluente (a partir
dos 10/11 anos) é a fase de consolidação dos mecanismos da
leitura. A capacidade de concentração e compreensão aumentam.
Segundo Coelho (2002) é a partir dessa fase que a
criança desenvolve o “pensamento hipotético dedutivo” e a capacidade de
abstração. Este estágio, chamado de pré-adolescência, promove mudanças
significativas no indivíduo. Há um sentimento de poder interior, de ver-se como
um ser inteligente, reflexivo, capaz de resolver todos os seus problemas
sozinhos. Aqui há uma espécie de retomada do egocentrismo infantil, pois assim
como acontece com as crianças nesta fase, o pré-adolescente pode apresentar um
certo desequilíbrio com o meio em que vive
* Leitor crítico (a partir dos 12/13 anos) é quando há o total o domínio da
leitura e da linguagem escrita. Sua capacidade de reflexão e argumentação ampliam, bem como a consciência crítica em relação ao mundo.
Corroborando com as afirmações de Coelho (2002, p.40) “deve extrapolar a
mera fruição de prazer ou emoção e deve provocá-lo para penetrar no mecanismo
da leitura”.
O leitor crítico gosta de histórias que apresentem valores éticos, que tenham heróis ou
heroínas que lutam por um ideais e por contos.
De acordo com Coelho
(2002) a literatura é considerada a arte da linguagem e como qualquer
arte exige uma iniciação. Assim, há certos conhecimentos a respeito da
literatura que não podem ser ignorados pelo leitor crítico.
De acordo com Bambergerd (2000) a criança que lê com maior desenvoltura
se interessa pela leitura e aprende mais facilmente, neste sentido, a criança
interessada em aprender se transforma num leitor capaz. Sendo assim, pode-se
dizer que a capacidade de ler está intimamente ligada a motivação. Infelizmente
são poucos os pais que se dedicam efetivamente em estimular esta capacidade nos
seus filhos. Outro fator que contribui positivamente em relação à leitura é a
influência do professor. Nesta perspectiva, cabe ao professor desempenhar um
importante papel: o de ensinar a criança a ler e a gostar de ler.
De acordo com Machado (2002) “o equilíbrio de um
programa de leitura depende muito mais do bom senso e da habilidade do
professor que de uma hipotética e inexistente classe homogênea”.
Portanto nós professores devemos propiciar uma leitura agradável, ofertando uma certa variedade de livros de literatura como contos, fábulas e
poesias,que contemplem a faixa etária a que se destina, e assim a criança desenvolva o hábito da leitura e que o mesmo a acompanhe por sua vida adulta.
REFERÊNCIAS:
BAMBERGERD, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 7ª ed. São
Paulo: Ática, 2000.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. –
1. ed. São Paulo: Moderna, 2000.
MACHADO,
A. M. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro,
editora: Objetiva, 2002.
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