Fragmentação dos processos de produção e da cultura escolar




O texto de  Japiassu é bastante questionativo e complexo em sua singularidade, pois ele elenca toda a fragilidade existente nos processos de escolarização, onde ele denomina as escolas como “silos” de saber. Onde cada “silo” detentores de um conhecimento que não está contextualizado com as reais necessidades de uma era em que tudo está globalizado.

Essa cultura da fragmentação promove o distanciamento entre a realidade existente e as instituições escolares.  
 O cotidiano dentro do contexto escolar passa por “transformações” as quais mudam apenas na aparência, mas na realidade não passam de um make por assim dizer, pois a terminologia muda: “método de projetos”, ”centros de interesse”, ”globalização”, “currículo transversal”, mas a pratica é a mesma. Isso tudo deve-se a politica da fragmentação do processo de produção e da cultura escolar que necessita estar atrelada a esta filosofia de uma cultura de desapropriação do conhecimento, para poder suprir um mercado de trabalho que se constitui em explorar mão-de-obra barata e sem senso critico para alavancar mudanças. Essa realidade foi muito bem retratada no filme Tempos Modernos de Chaplin em 1936.

O filme é antigo, mas ao mesmo atual, pois retrata um contexto social parecido ao que estamos vivenciando. Pois possuímos avanço tecnológico, mas o mesmo não atingiu plenamente seus objetivos de inserção social e pedagógico.
Ainda sofremos a fragmentação escolar, a compartimentação da cultura.
O viés para suprir as novas necessidades de economia e produção flexível perpassam por uma fronteira chamada globalização, pois ela é a válvula de transformação deste cenário fragmentado, separado por “gavetas epistemológicas”, que não acrescentam senso critico e valores a uma educação sucateada, essa globalização nos trouxe consequências que também ainda não conseguimos administrar, mas nos obriga  a rever os processos educacionais, produtivos e competitivos que estão sendo utilizados em nosso contexto social.

 Precisamos ignorar o medo do novo como afirmou Japiassu “
  É por isso que o interdisciplinar provoca atitudes de medo e de recusa. Porque constitui uma inovação. Todo o novo incomoda. Porque questiona o já adquirido, o já instituído, o já fixado e o já aceito.” (JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.)






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